sábado, 25 de outubro de 2008

Vacilei Feio...


Estava numa conversa boa, edificante, aonde partilhava minha vida com um amigo. De repente, por um mero deslize, simples impulso, me contradisse a tudo, pus tudo a perder... Pois é, sem perceber comecei a falar dos outros, julgar e o pior de tudo estava falando de um grande amigo meu...

Que momento infeliz da minha parte, que inoportuno... Eu não estava falando nada que viesse a acrescentar em nossas vidas. Ao invés de acrescentar, eu estava denegrindo e pior... Estava denegrindo a minha própria imagem, colocando-me a mercê do erro, cavando a minha própria vala mortal e “quase” levando um amigo comigo. “Quase”, porque ele me mostrou o quanto eu estava errado em ver os fatos só pelo meu prisma, pelo meu modo de pensar ignorante e inquieto. Quando eu deveria me colocar primeiramente no lugar do outro para poder pensar em falar. E não sair com “uma metralhadora”, atirando as palavras que não tinham o menor sentido em ser ditas, por não fazerem de nós pessoas melhores... Quão miserável eu sou! O único direito que eu tenho como ser humano e falível do jeito que sou, é o de mostrar as qualidades do outro e não de apontar defeitos... Quem sou eu pra julgar?!

Nosso grande problema é que nós procuramos tanta besteira no outro que acabamos nos esquecendo que nós estamos todos sujos com a nossa própria ignorância. Eu me senti como aquele pobre e infeliz rapaz, que em um ato insensato, movido pelo impulso, acabou destruindo a própria vida e a vida da menina Eloá... Um simples erro, um ato passional, e foi-se uma vida... Quantas vezes não matamos o nosso semelhante com nossas palavras?!

O interessante é que na grande maioria da vezes em que nós erramos, cometemos alguma injustiça, é por conta dos nossos impulsos idiotas... Basta olharmos de lado para perdermos o foco, e já era. Um simples fechar de olhos e perdemos toda a nossa credibilidade. Transformamo-nos em Sepulcros Calhados! Meu Pai, me perdoe, não quero ser um guia cego!

A nossa vida é uma longa estrada e nós somos motociclistas seguindo viagem, tendo como combustível que nos dá a força necessária para irmos adiante, o próprio Amor de Deus. Não podemos nos distrair, para não perdermos o equilíbrio e se fecharmos os olhos não vemos o que vem pela frente... Qualquer queda pode ser fatal...

O legal disso tudo é que às vezes nos desequilibramos com os nossos erros, mas se formos bons motociclistas logo retomamos o norte e voltamos à estabilidade. Sem também esquecer que podemos até mesmo vir a cair.

Tal desequilíbrio se faz necessário, na medida em que é impossível pilotarmos perfeitamente. Todas as vezes que ficarmos instáveis é necessário retomar logo o equilíbrio. Para que a partir dos nossos desequilíbrios, nos tornemos verdadeiros pilotos na longa estrada da vida...

Mas nós também caímos e feio... Foi o que aconteceu comigo! As quedas quase sempre trazem as feridas que às vezes demoram à cicatrizar. Às vezes também com a nossa imprudência, acabamos por abalroar em outros motociclistas que cruzam nossos caminhos e acabamos por ferir o outro.

Nessa hora, é necessário que nós, mesmo machucados, nos reergamos, peçamos a força e o combustível que tanto necessitamos para continuarmos a seguir essa jornada. Arrependendo-nos, para que um erro semelhante ao que causou o acidente quase fatal, não volte a se repetir, causando catástrofes ainda maiores nesse longo percurso...


Queria terminar esse post com uma oração, pedindo que todos rezem comigo:

Senhor, eu sei que não mereço tão grande Amor. Não mereço estar na Tua presença. Mas a quem recorrerei meu Pai, senão a Ti?! Me perdoe por eu ser tão fraco e logo Te abandonar...

Diante desta solidão sombria, estando no calvário, aos pés de tua Cruz, venho pedir-te Senhor: Me perdoe! Eu não sou nada sem Ti. Sou só um fragmento vazio sem o Teu Amor! Tu conheces todas as minhas fraquezas e mais do que eu, Tu sabes todas as minhas necessidades. Cada fissura aberta em teu corpo ferido me mostram o nada que sou diante de Ti! Eu não mereço nenhuma gota do Teu Sangue precioso, que agora escorre sobre mim! Sou um poço de misérias! E Só Tu és fonte inesgotável de misericórdia!

Perdão meu Pai, porque mesmo fraco, despedaçado, nas imperfeições da minha humanidade impura, venho mitigar tão nobre Amor. Amor, que não tenho dignidade de receber. Mas Tu sabes, ó meu Senhor, Tu sabes o quanto que eu te Amo. Perdão meu Pai, eu não mereço, mas por favor, permaneça comigo, hoje e sempre...


Amém


Fiquem com Deus!

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